Correios Anunciam Reestruturação Drástica com Fechamento de Mil Agências no País
O conselho de administração dos Correios aprovou um abrangente e polêmico plano de reestruturação que prevê, entre outras medidas, o fechamento de mil agências em todo o Brasil. A decisão representa uma das maiores transformações na história da estatal e visa, segundo a empresa, modernizar a operação e garantir sua sustentabilidade financeira a longo prazo.
O principal motivo por trás do plano é a necessidade de adaptar a companhia a uma nova realidade de mercado. Com a drástica queda no envio de cartas e o crescimento exponencial do mercado de encomendas (e-commerce), a estrutura atual, com mais de 10 mil agências, tornou-se inchada e cara. A reestruturação busca enxugar os custos fixos, otimizar a rede de atendimento e focar os investimentos no setor de logística, que é o futuro do negócio.
O fechamento não será imediato, mas gradual. O plano prevê que muitas das agências a serem fechadas estão localizadas em áreas urbanas onde há sobreposição, ou seja, onde existem outras unidades próximas. A ideia é substituir parte dessas estruturas por formatos mais enxutos, como postos de atendimento em parceria com o comércio local. A empresa afirma que buscará realocar os funcionários das agências fechadas para outras áreas ou oferecerá programas de demissão voluntária.
A medida é um passo ousado e controverso, que certamente enfrentará forte resistência de sindicatos e de setores da classe política. Para a gestão da empresa, no entanto, é um ajuste inevitável para tornar os Correios uma empresa mais ágil, competitiva e menos dependente de recursos públicos, preparando-a para um futuro cada vez mais digital e focado em entregas expressas.
Disponível em: GAZETA DO POVO. Acesso em: 21 de novembro de 2025.
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