Estudo Revela Alta Volatilidade no Comércio Varejista Brasileiro: 60% das Novas Lojas Encerram Atividades
Um recente levantamento realizado pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) lança luz sobre a instabilidade do setor varejista no Brasil. Os dados revelam um cenário preocupante: a cada 10 estabelecimentos comerciais que iniciam suas operações, 6 acabam fechando as portas.
Esta estatística alarmante é resultado de uma análise minuciosa dos registros da Receita Federal, abrangendo o período de janeiro a setembro de 2024. Durante este intervalo, foram contabilizadas 314,4 mil novas aberturas de lojas no país. Contudo, no mesmo período, 189,7 mil estabelecimentos encerraram suas atividades, evidenciando a fragilidade do setor.
O economista-chefe da CNC, Felipe Tavares, oferece uma perspectiva sobre essa dinâmica volátil. Ele destaca que este fenômeno não é necessariamente negativo, mas reflete a natureza adaptativa do mercado. Tavares argumenta que essa rotatividade pode ser interpretada como um processo de "destruição criativa", onde negócios menos eficientes dão lugar a empreendimentos mais inovadores e alinhados com as demandas atuais do mercado.
Aprofundando-se nos números, o estudo revela que o saldo líquido de abertura de lojas no período analisado foi de 124,7 mil estabelecimentos. Este dado representa um crescimento de 7,3% em relação ao mesmo período do ano anterior, sinalizando uma tendência de expansão, ainda que em um contexto de alta rotatividade.
O setor de hiper e supermercados destacou-se como o mais resiliente, registrando 24,5 mil novas aberturas contra apenas 9,5 mil fechamentos. Por outro lado, o segmento de vestuário e calçados enfrentou maiores desafios, com 51,4 mil novas lojas inauguradas, mas 35,8 mil encerramentos no mesmo período.
Tavares ressalta que essa dinâmica de abertura e fechamento de lojas é influenciada por diversos fatores, incluindo mudanças nos hábitos de consumo, avanços tecnológicos e a constante busca por eficiência operacional. Ele argumenta que este processo é fundamental para a renovação e fortalecimento do setor varejista a longo prazo.
O estudo da CNC também aponta para uma tendência de concentração no varejo brasileiro. As grandes redes, com sua capacidade de investimento em tecnologia e logística, têm se mostrado mais resilientes às flutuações do mercado. Esta realidade coloca desafios adicionais para os pequenos e médios empresários, que precisam buscar estratégias inovadoras para se manterem competitivos.
Olhando para o futuro, a CNC projeta um cenário de continuidade dessa alta rotatividade no setor varejista. A entidade enfatiza a importância de políticas públicas que apoiem os empreendedores, especialmente nos primeiros anos de operação, período crítico para a sobrevivência dos negócios.
Este panorama do varejo brasileiro ressalta a necessidade de adaptação constante por parte dos empresários e a importância de um ambiente econômico que favoreça a inovação e a sustentabilidade dos negócios. Enquanto o setor continua a evoluir, a capacidade de resposta rápida às mudanças de mercado se mostra cada vez mais crucial para o sucesso no competitivo mundo do comércio varejista.
Fonte da Notícia: www.conexaopolitica.com.br
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