Em um depoimento contundente sobre os desafios de se produzir no Brasil, a CEO da Lupo, Liliana Aufiero, afirmou que a alta carga tributária foi o fator decisivo que "empurrou" parte da produção da icônica marca brasileira para o Paraguai. A declaração expõe a dura realidade enfrentada pela indústria nacional e serve como um forte alerta sobre o chamado "Custo Brasil".

Segundo a executiva, a decisão de mover uma parcela da fabricação para o país vizinho não foi uma escolha, mas uma necessidade para manter a competitividade da empresa. Aufiero detalhou que a combinação de impostos elevados, burocracia excessiva, encargos trabalhistas complexos e o alto custo da energia tornam a operação no Brasil extremamente cara e pouco atrativa em comparação com outros mercados.

Em contrapartida, o Paraguai oferece um ambiente de negócios muito mais vantajoso, especialmente por meio da "Lei da Maquila". Esse regime especial permite que empresas estrangeiras importem matéria-prima, produzam no país e exportem o produto final pagando um imposto único de apenas 1% sobre o valor agregado na produção. Essa diferença brutal de tributação foi o que selou o destino de parte da linha de produção da Lupo.

O movimento da Lupo, uma empresa de capital 100% nacional e um símbolo da indústria brasileira, é um sintoma alarmante do processo de desindustrialização que o país enfrenta. O caso serve como um estudo de caso emblemático de como a falta de um ambiente de negócios favorável pode forçar até mesmo as empresas mais tradicionais a buscar alternativas no exterior, levando consigo investimentos e empregos. A fala da CEO é um recado direto sobre a urgência de uma reforma tributária e de outras medidas que reduzam o "Custo Brasil".

Disponível em: GAZETA DO POVO. Acesso em: 20 de novembro de 2025.

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