Teka Declara Falência Após Longo Período de Recuperação Judicial

A Teka Tecelagem Kuehnrich S.A., um dos pilares do setor têxtil brasileiro, enfrenta um momento decisivo ao solicitar falência após 12 anos de recuperação judicial. A administradora judicial Leiria & Cascaes, que geriu a empresa durante este período, pediu ao Judiciário a conversão da recuperação em falência, citando a deterioração financeira e operacional da companhia.
Com unidades em Blumenau e Artur Nogueira (SP), a Teka emprega diretamente cerca de duas mil pessoas. Apesar de seus esforços para reestruturar a empresa, ela não conseguiu cumprir as obrigações do plano de recuperação judicial homologado. A empresa acumula dívidas significativas, incluindo passivos trabalhistas, tributários e com fornecedores.
Além das dificuldades financeiras, a Teka enfrenta uma crise societária, marcada por disputas entre acionistas majoritários e minoritários, dificultando decisões cruciais para a recuperação. A nomeação de novos diretores com restrições creditícias também limitou o acesso a linhas de crédito essenciais.
Diante desse cenário, a administradora judicial propõe uma "falência continuada", que manteria as operações da empresa enquanto os ativos são liquidados para pagar os credores. Esta abordagem busca preservar empregos e atividade econômica nas comunidades onde a Teka atua.
O Judiciário agora decidirá sobre a conversão da recuperação em falência. Enquanto isso, a Teka continua suas operações sob severas restrições financeiras. A decisão final terá impactos significativos sobre trabalhadores e credores.
Fonte: FiscoMoney
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